Princípios do 21-37
21. A Ceia do Senhor
Cremos que a Ceia do Senhor é uma comemoração dos sofrimentos e morte de Jesus.
O pão simboliza o corpo de Jesus Cristo, e o vinho sem fermentar é símbolo de Seu sangue derramado. Mateus 26.26-28; I Coríntios 10.16, 17; 11.23-26.
"Ao comer a páscoa com Seus discípulos, instituiu em seu lugar o serviço que havia de comemorar Seu grande sacrifício...
Acham-se diante dEle os pães asmos usados no período da páscoa. O vinho pascoal, livre de fermento, está sobre a mesa. Estes emblemas Cristo emprega para representar Seu próprio irrepreensível sacrifício. Coisa alguma corrompida por fermentação, símbolo do pecado e da morte, podia representar 'o Cordeiro imaculado e incontaminado'. " O Desejado de todas as Nações, 629, 630.
Por desfrutar do pão e do vinho não se efetua o perdão dos pecados. Estes devem servir como comemoração dos sofrimentos e morte de Jesus para fortalecer a Igreja.
A preparação inclui auto-exame, reconhecimento, confissão de pecado e uma sincera tristeza por eles.
"Os ritos do batismo e o da Ceia do Senhor são dois monumentos comemorativos, colocados um fora e outro dentro da igreja. Sobre essas ordenanças Cristo inscreveu o nome do Deus Verdadeiro." 2 Testemunhos Seletos, 389.
Na Ceia do Senhor somente pode participar quem fez o pacto com Deus por meio do batismo e chegou a ser membro da igreja.
"Disse mais o Senhor a Moisés e a Aarão. Esta é a ordenança da páscoa; nenhum filho do estrangeiro comerá dela." Êxodo 12.43.
22. O Espírito de Profecia
Cremos que no Antigo e no Novo Testamento Cristo falou à Sua igreja por meio de Seus profetas. 2 Crônicas 20.20; 2 Pedro 1.19-21; Hebreus 1.1-3.
Os ensinos comunicados pelo Dom de Profecia têm sua origem no céu, e são a voz de Deus a Seu povo. O Senhor deu este Dom à Sua igreja para que seja respeitado e obedecido, e chega a nós sob a direção do Espírito Santo.
Segundo Apocalipse 12.17 e 19.10, o Senhor prometeu o Dom de profecia à última igreja que guarda os mandamentos de Deus; e em cumprimento a esta profecia o Senhor suscitou este Dom entre Seu povo. Desde o ano 1844 Deus utilizou a Éllen G. White como Sua mensageira para manifestar Sua vontade à igreja e ao mundo que perece. Por sua obra oral e escrita, incontáveis pessoas tem achado o caminho da paz com Deus.
Todas as características que identificam a um profeta chamado pelo Senhor, como fidelidade à Palavra de Deus, fé em Jesus como Salvador, reconhecimento dos Dez Mandamentos e o fruto do Espírito Santo, encontramo-los na vida e obras desta mensageira de Deus; e sua posição em relação à Bíblia a explica ela mesma com as seguintes palavras.
"Em Sua Palavra, Deus conferiu aos homens o conhecimento necessário à salvação. As Santas Escrituras devem ser aceitas como autorizada e infalível revelação de Sua vontade. Elas são a norma do caráter, o revelador das doutrinas, a pedra de toque da experiência religiosa. 'Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.' II Timóteo 3.16,17." O Grande conflito, 8, 9.
Na igreja de Deus houve épocas nas quais não somente os homens foram chamados, senão também mulheres fiéis para transmitir ao povo de Deus mensagens e admoestações de importância para a vida e a salvação. Por exemplo. Maria (Êxodo 15.20), Débora (Juízes 4.4), Hulda (2 Reis 22.14-16), Ana (Lucas 2.36), as filhas de Felipe (Atos 21.9).
Portanto, a verdadeira igreja estimará altamente este Dom, e receberá e obedecerá com gratidão os ensinos que o Senhor tem dado.
Quando uma igreja subestima ou menospreza este Dom, menospreza o caminho pelo qual Deus a deseja conduzir com segurança e abençoá-la. Provérbios 29.18; 2 Crônicas 20.20.
23. A Reforma de Saúde
- Saúde e alimentação
Cremos que Deus criou o ser humano perfeito. Corpo, alma e espírito pertencem ao Senhor, e é Sua vontade que as pessoas gozem de saúde espiritual, mental e corporal. Portanto, é nosso dever observar as regras divinas de saúde, não somente para nosso bem-estar, senão para poder servir melhor à humanidade. Lucas 9.2; I Tessalonicenses 5.23, 24.
"A reforma de saúde é um dos ramos da grande obra que deve preparar um povo para a vinda do Senhor. Ela está tão estreitamente relacionada com a mensagem do terceiro anjo quanto a mão o está com o corpo." Conselhos Sobre Saúde, 20, 21.
Quando o Criador designou a alimentação ao ser humano, no Paraíso, indicou qual era a melhor base desta, a saber, a vegetariana. Os cereais, as frutas e os frutos oleaginosos formam a alimentação eleita por nosso Criador. Gênesis 1.29. Mais tarde se acrescentaram as verduras. Gênesis 3.18. Portanto, nos abstemos de todo tipo de carne (incluindo aves, peixes e outras). Além disto, evitamos o consumo de bebidas alcoólicas e com cafeína (por exemplo. bebidas de Cola), condimentos fortes, queijos rançosos e fortes, café, chá preto, fumo, e todo tipo de narcóticos. Desaconselhamos o uso combinado de leite e açúcar. I Coríntios 6.19,20.
Como crentes adventistas recebemos também, em relação à manutenção de nossa saúde, muita luz através dos Testemunhos do Espírito de Profecia. Primeiramente temos que manter nosso corpo saudável através de produtos alimentares sãos, que foram estabelecidos para o primeiro par humano, e mediante a aplicação de remédios naturais. Porém se adoecemos por causa de influências externas e insalubres, errada maneira de viver previamente, estrés e outros fatores da vida moderna, e necessitamos a ajuda médica, então deveríamos consultar, se possível, um médico cristão. Especialmente em tais situações podemos nos apoiar na promessa que Deus, o Senhor, é nosso médico e nos pode realmente ajudar a sarar. Somente em casos de absoluta necessidade se devem usar medicamentos e isto com cautela. Êxodo 15.26.
"Ar puro, luz solar, abstinência, repouso, exercício, regime conveniente, uso de água e confiança no poder divino - eis os verdadeiros remédios. Toda pessoa deve possuir conhecimentos dos meios terapêuticos naturais, e da maneira de os aplicar." A Ciência do Bom Viver, 127.
- vestuário
Como crentes adventistas somos também reformadores no vestuário. Não deveríamos trajar vestidos luxuosos ou nocivos para a saúde, nem às aberrações da moda, que transgridem as leis do pudor e contribuem diretamente à difusão das condições imorais. Tampouco devemos usar calçados prejudiciais.
"Que do mesmo modo as mulheres se ataviem em traje honesto, com pudor e modéstia, não com tranças, ou com ouro, ou pérolas ou vestidos preciosos. Mas (como convém a mulheres que fazem profissão de servir a Deus com boas obras)." I Timóteo 2.9,10. (I Pedro 3.3-5; Isaías 3.16-24).
Os adornos exteriores, por meio dos quais se atrai o olhar para aqueles que os possuem, não contribuem à honra do Senhor.
Com respeito ao cabelo a Bíblia nos diz o seguinte. "Ou não vos ensina a mesma natureza que é desonra para o varão ter cabelo crescido? Mas ter a mulher cabelo crescido lhe é honroso, porque o cabelo lhe foi dado em lugar de véu." I Coríntios 11.14,15.
No coração onde mora o amor de Jesus, cada crente será um exemplo nestas coisas.
24. As Autoridades
Cremos que as autoridades são ordenadas por Deus, e como ministros de Deus, têm o dever de proteger o bem e castigar o mal. Romanos 13.3,4.
Portanto, sentimo-nos obrigados a cumprir nossos deveres para com elas, enquanto não sejamos obrigados a transgredir os mandamentos de Deus. Atos 4.19; 5.29.
Jesus disse. "Dai pois a César o que é de César" (Mateus 22.21), e de acordo com isto, pagamos nossos impostos e contribuições.
Cremos, também, que é necessário orar pelas autoridades para que reine a paz e a ordem entre os seres humanos; de modo que cada um tenha liberdade de viver conforme a sua fé, e a proclamação do Evangelho de Cristo não seja obstaculizada. I Timóteo 2.1,2.
De acordo ao sexto mandamento, "Não matarás" (Êxodo 20.13), e a doutrina de Jesus, não podemos, como seguidores Seus, tomar parte em nenhum plano político, rebelião, derramamento de sangue ou guerra.
25. O Juramento
Cremos de acordo com a Palavra de Deus que um juramento falso ou sem necessidade é abominável a Deus. Mateus 5.34-37; Tiago 5.12.
Geralmente a palavra do verdadeiro crente é, "sim, sim; não, não". Não obstante, em concordância com o Evangelho, o juramento necessário, quer dizer, chamar a Deus como testemunha de que o que tem dito é verdade, é permitido por Deus. Romanos 1.9; Deuteronômio 6.13; O Maior Discurso de Cristo, páginas 66-69.
26. O Santuário
Cremos que nos tempos do Antigo Testamento o serviço no santuário constituía o centro de culto, primeiro em forma de tenda desmontável e depois como templo. O santuário terrenal se dividia no átrio, lugar santo e lugar santíssimo. No átrio se apresentavam os sacrifícios. Hebreus 9.1-7. Através do sangue dos sacrifícios o pecado era transferido ao santuário, o qual ficava, portanto, contaminado. Os sacrifícios que se faziam pelo pecado, apontavam a Jesus, "O Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo." João 1.29. Os sacerdotes eram instrumentos escolhidos como mediadores entre Deus e os seres humanos.
Uma vez ao ano, no grande dia da expiação, o santuário era purificado. O sumo sacerdote entrava no lugar santíssimo e aspergia o sangue da oferta pelo pecado diante e sobre a arca do pacto. Desta maneira se cumpriam os requerimentos da lei. Romanos 6.23. Depois, como mediador, tomava os pecados sobre si e os levava para fora do santuário, onde eram colocados sobre um bode vivo o qual era levado à seguir ao deserto. Mediante este cerimonial se reconciliava o povo, e o santuário era purificado. Levítico 16.15, 16, 20-22.
Este santuário na terra tinha seu original no céu, no qual Jesus é hoje o Sumo Sacerdote. Unicamente através de Seu serviço mediador o crente pode obter o perdão, a justificação e a santificação. I Timóteo 2.5,6; Hebreus 8.1-5; 9.11,12,15; Apocalipse 11.19.
"O santuário no céu é o próprio centro da obra de Cristo em favor dos homens. Diz respeito a toda alma que vive sobre a terra. Patenteia-nos o plano da redenção, transportando-nos mesmo até ao final do tempo, e revelando o desfecho triunfante da controvérsia entre a justiça e o pecado...
A intercessão de Cristo no santuário celestial, em prol do homem, é tão essencial ao plano da redenção, como o foi Sua morte sobre a cruz. Pela Sua morte iniciou essa obra, para cuja terminação ascendeu ao céu, depois de ressurgir. Pela fé devemos penetrar até o interior do véu, onde nosso Precursor entrou por nós." Hebreus 6.20. O Grande Conflito, 492.
27. As 2.300 Tardes e Manhãs
Cremos que as 2.300 tardes e manhãs de Daniel 8.14 representam um período de tempo específico que chega até o tempo do fim. Segundo o princípio de um dia por ano, conforme ao qual nas interpretações proféticas um dia eqüivale a um ano (Números 14.34; Ezequiel 4.6), os 2.300 dias são anos reais. De acordo com Daniel 9.24-27, este tempo se iniciou com o terceiro decreto para a reconstrução de Jerusalém, emitido pelo rei Artaxerxes no ano 457 A. C. Desta cadeia profética, a mais longa da Bíblia, estão separadas 70 semanas (quer dizer, 490 anos). Este tempo estava destinado ao povo judeu e finalizou no ano 34 D.C., enquanto que os 1810 anos restantes nos levam ao ano 1844, "no fim do tempo" (Daniel 8.17). Neste ano Jesus concluiu seu serviço no Lugar Santo e o iniciou como Sumo Sacerdote no lugar Santíssimo.
"Como no serviço típico havia uma expiação ao fim do ano, semelhantemente, antes que se complete a obra de Cristo para redenção do homem, há também uma expiação para tirar o pecado do santuário. Este é o serviço iniciado quando terminaram os 2.300 dias. Naquela ocasião, conforme fora predito pelo profeta Daniel, nosso Sumo Sacerdote entrou no lugar santíssimo para efetuar a última parte de Sua solene obra - purificar o santuário. ...
No cerimonial típico, somente os que tinham vindo perante Deus com confissão e arrependimento, e cujos pecados, por meio do sangue da oferta para o pecado, eram transferidos para o santuário, é que tinham parte na cerimônia do dia da expiação. Assim, no grande dia da expiação final e do juízo de investigação, os únicos casos a serem considerados são os do povo professo de Deus...
Assistido por anjos celestiais, nosso grande Sumo Sacerdote entra no lugar santíssimo, e ali comparece à presença de Deus a fim de Se entregar aos últimos atos de Seu ministério em prol do homem, a saber. realizar a obra do juízo de investigação e fazer expiação por todos os que se verificarem com direito aos benefícios da mesma." O Grande Conflito, 420, 48.
Conforme o serviço no santuário terrestre, Jesus iniciou nesse tempo no Lugar Santíssimo do Santuário Celestial a obra final. Ao mesmo tempo se efetua o juízo investigativo (Daniel 7.9, 10, 13), decide-se quem dos muitos que descansam na terra são dignos de tomar parte na ressurreição para vida e quem dentre os vivos para a transformação e entrada na glória eterna; a clausura deste serviço de expiação é ao mesmo tempo o fim do tempo de graça.
28. A Pregação do Evangelho
Cremos na grande comissão missionária de Jesus. "E chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo. É-me dado todo o poder no céu e na terra. Portanto ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-as a guardar todas as coisas que Eu vos tenho mandado; e eis que Eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém." Mateus 28.18-20.
Consideramos como um privilégio e um dever poder cooperar na propagação oral e escrita do Evangelho em todo o mundo. Mateus 11.29,30; 24.14; Marcos 16.15,16; Atos 1.8; Apocalipse 14.6-12.
29. Os Meios para a Propagação do Evangelho
Cremos que Deus é o proprietário da terra. "Do Senhor é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam". (Salmos 24.1). Ele nos constituiu como seus administradores. Cada crente tem o privilégio e o dever de entregar o dízimo de todos seus bens e ingressos, com os quais Deus lhe abençoou.
O dízimo serve para o sustento dos mensageiros que se encontram ao serviço da obra de Deus e para a difusão do Evangelho. Já que o dízimo é propriedade de Deus, o Senhor considera a retenção do mesmo como roubo. Gênesis 28.22; Neemias 13.10-12; Malaquias 3.6-12; Mateus 23.23; Hebreus 7.4-9; I Coríntios 9.13,14.
"O plano de Deus no sistema do dízimo é belo em sua simplicidade e igualdade. Todos dele podem lançar mão com fé e ânimo, pois é divino em sua origem. Nele se reúne simplicidade e utilidade, e não é preciso profundeza de saber para o entender e executar. Todos podem sentir que está ao seu alcance tomar parte no levar avante a preciosa obra de salvação. Todo homem, mulher e jovem pode se tornar tesoureiro para o Senhor, e ser um agente para satisfazer às exigências feitas ao tesouro..." Obreiros Evangélicos, 223.
"Afora o dízimo, o Senhor requer de nós as primícias de todas as nossas rendas..." 3 Testemunhos Seletos, 35.
Também outras ofertas tais como as ofertas missionárias, ofertas de gratidão, ofertas de Escola Sabatina, ofertas para um propósito especial e as ofertas de pobres, servem para a proclamação e apoio da obra do Evangelho.
Com as ofertas mencionadas expressamos nosso profundo agradecimento pelas bênçãos e benevolência de Deus. A fidelidade e exatidão na entrega dos dízimos e ofertas nos dão a possibilidade de crescer no amor, ajudam-nos a vencer o egoísmo e a cobiça, e serão recompensadas com a bênção do céu. 2 Coríntios 9.6,7; Atos 20.35.
30. As Mensagens dos Três Anjos
Cremos que as mensagens de Apocalipse 14.6-12 são válidas para o tempo do fim. Em seu conjunto como tríplice mensagem, constituem a última mensagem de admoestação e salvação a um mundo que perece, e devem ser proclamadas a todas as nações, tribos e povos.
A mensagem do primeiro anjo aponta o Evangelho eterno e anuncia que a hora do juízo tem chegado. Exorta a todas as pessoas a temer ao Deus Criador, a dar-Lhe honra e Lhe adorar (Apocalipse 14.6,7).
A mensagem do segundo anjo anuncia a queda de Babilônia. Através dos séculos se formaram falsos sistemas religiosos contrários às Escrituras que conduziram a uma grande confusão (Babilônia). Esta se mostrou especialmente em que as igrejas do meado do século XIX rejeitaram a mensagem bíblica da próxima vinda de Cristo.
A mensagem do terceiro anjo aponta as conseqüências de aceitar falsos sistemas religiosos. Contém a mais terrível ameaça que Deus jamais dirigiu aos seres humanos. A marca da besta (Domingo), segundo Apocalipse 14.9-12, se encontra em contraposição ao quarto mandamento (Sábado) da Bíblia. Êxodo 20.8-11. A atenção da humanidade é dirigida à Lei de Deus e especialmente ao mandamento do Sábado (o selo de Deus).
O propósito desta última mensagem de graça é mostrar à humanidade a validez de todos os Dez Mandamentos de Deus e preparar um povo para a Segunda vinda de Jesus Cristo. Também mostra que a hora do juízo tem começado, e a libertação da culpa do pecado é possível unicamente através de Jesus Cristo. Estas três mensagens que são simbolizadas pelos três anjos, ocasionam uma reforma que leva ao arrependimento e à conversão. As características são claras. "Aqui está a paciência dos santos: aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus." Apocalipse 14.12.
Todos os que menosprezam este chamado de graça sofrerão os anunciados castigos divinos, que serão derramados sobre eles nas sete últimas pragas. Apocalipse 16.
A proclamação da tríplice mensagem angélica começou com o nascimento do Movimento Adventista e terá sua conclusão com o alto clamor do terceiro anjo.
31. O Alto Clamor e o Anjo de Apocalipse 18
Cremos que o Alto Clamor do terceiro anjo teve seu início no ano 1888 no congresso de Mineápolis com a mensagem . "Cristo Justiça Nossa" Isto foi o começo da "luz" do anjo de Apocalipse 18.1-4.
"O tempo de prova está exatamente diante de nós, pois o alto clamor do terceiro anjo já começou na revelação da justiça de Cristo, o Redentor que perdoa pecados. Este é o princípio da luz do anjo cuja glória há de encher a terra." I Mensagens Escolhidas, 362, 363.
"A mensagem da Justificação pela fé... Esta é a mensagem que Deus manda proclamar ao mundo. É a terceira mensagem angélica que deve ser proclamada com alto clamor e regada com o derramamento de Seu Espírito Santo em grande medida." Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, 92.
Enquanto a proclamação da terceira mensagem angélica cresce até converter-se em um alto clamor, vêm outro anjo para unir-se a esta obra.
"O anjo que se une na proclamação da mensagem do terceiro anjo, deve iluminar a terra toda com a sua glória. Prediz-se com isto uma obra de extensão mundial e de extraordinário poder...
Esta obra será semelhante à do dia de Pentecostes. Assim como a 'chuva temporã' foi dada, no derramamento do Espírito Santo no início do evangelho, para efetuar a germinação da preciosa semente, a 'chuva serôdia' será dada em seu final para o amadurecimento da seara." O Grande Conflito, 616.
Muitos não aceitaram a mensagem "Cristo Justiça Nossa" e isso trouxe graves conseqüências. Quando estourou a primeira Guerra Mundial (1914-1918) havia uma severa crise. O quarto e o sexto mandamento foram transgredidos abertamente, porém, alguns membros permaneceram fiéis aos Dez Mandamentos e sendo guiados pelo Espírito do Senhor, levaram adiante, simultaneamente, em vários países, uma obra de reforma.
De fato, são os fiéis ou o remanescente profetizado de Apocalipse 12.17; 14.12 e 3.14-22, a quem Deus usará na finalização de sua obra para dirigir a última mensagem de admoestação ao mundo.
"O capítulo 18 do Apocalipse indica o tempo em que, como resultado da rejeição da tríplice mensagem do capítulo 14, versos 6-12, a igreja terá atingido completamente a condição predita pelo segundo anjo, e o povo de Deus, ainda em Babilônia, será chamado a separar-se de sua comunhão. Esta mensagem é a última que será dada ao mundo, e cumprirá a sua obra..."
"Mas Deus ainda tem um povo em Babilônia; e, antes de sobrevirem Seus juízos, esses fiéis devem ser chamados a sair, para que não sejam participantes dos seus pecados e não incorram nas suas pragas. Esta a razão de ser o movimento simbolizado pelo anjo descendo do céu, iluminando a terra com sua glória, e clamando fortemente com grande voz, anunciando os pecados de Babilônia. Em relação com a sua mensagem ouve-se a chamada. 'Sai dela, povo Meu'. Estes anúncios, unindo-se à mensagem do terceiro anjo, constituem a advertência final a ser dada aos habitantes da terra." O Grande Conflito, 390, 610.
32. O Selamento dos 144.000
Cremos que a Bíblia descreve duas classes de redimidos, quer dizer, a grande multidão que começou com Adão e chega até o fim do tempo de graça, e um grupo de 144.000 em número.
A obra do selamento dos 144.000 começou com o anúncio da terceira mensagem angélica. Os selados provam sua fidelidade por sua obediência aos Dez Mandamentos. Distinguem-se pela observância do Sábado, o qual constitui o selo de Deus. Cremos que o selamento durará até a conclusão do tempo de graça e o Israel espiritual será reunido de todos os povos, tribos e línguas. Apocalipse 7.2-8; 14.1-5.
O selo de Deus é um sinal da redenção. Todos aqueles que escolhem a Jesus Cristo como seu Salvador e se submetem à Sua direção experimentarão uma mudança em seu caráter. Receberão Sua justiça e sob a influência do Espírito Santo serão cada vez mais semelhantes a Cristo e levarão os frutos da obediência. Um dos frutos é a observância do santo Sábado, o qual é denominado selo ou sinal de vínculo entre Deus e os crentes. Ezequiel 20.12,20.
Os selados que morreram serão ressuscitados mediante uma ressurreição especial pouco antes da volta de Cristo, e se unirão com os selados vivos. Juntos ouvirão a voz de Deus proclamar o pacto de paz com Seu povo. Como "primícias" da redenção testemunharão a Segunda vinda de Cristo e verão ressuscitar a grande multidão junto com quem ascenderão para serem recebidos por Cristo. Daniel 12.1,2; Apocalipse 1.7.
"O sinal, ou selo, de Deus é revelado na observância do Sábado do sétimo dia - o memorial divino da criação...
“A marca da besta é o oposto disso - a observância do primeiro dia da semana...
“De todos os dez preceitos, só o quarto contém o selo do grande Legislador, Criador dos céus e da terra." 3 Testemunhos Seletos, 232, 17.
33. A Segunda Vinda de Jesus
Cremos que a Segunda vinda de Jesus Cristo será visível e audível para todos os seres humanos. Apocalipse 1.7; Mateus 24.30; Marcos 13.26,27; Atos 1.9-11; I Tessalonicenses 4.16,17.
Os filhos de Deus de todos os tempos têm esperado com ansiedade este glorioso acontecimento. Enoque "o sétimo depois de Adão" já pregou sobre este evento; Abraão "esperava uma cidade, cujo artífice e construtor é Deus" ; os profetas o profetizaram, e Jesus deu a segurança inamovível de Sua Segunda vinda para buscar para Si a Sua esposa, a igreja. Mateus 5.8; Judas 14, 15; Hebreus 11.8-10; João 14.1-3.
Os que têm esperado a Segunda vinda de Jesus, exclamarão cheios de alegria diante de sua aparição. "...Este é o Senhor, a quem aguardávamos: na Sua salvação gozaremos e nos alegraremos." Isaías 25.9.
A Segunda vinda de Jesus Cristo forma o ponto culminante do plano de salvação. Os crentes vivos e ressuscitados serão arrebatados para receber o Senhor Jesus nas nuvens e estar sempre com Ele.
Os sinais dos tempos que Jesus mencionou em Mateus 24, Lucas 21 e Marcos 13, mostram-nos que a volta de Cristo está muito próxima. 2 Pedro 3.9-12, I Tessalonicenses 5.2-7; 2 Timóteo 3.1-5; Apocalipse 19.7,8.
O dia e a hora de Sua vinda estão encobertos para nós (Mateus 24.36), portanto devemos estar sempre preparados. Mateus 24.42-44.
34. O Estado dos Mortos
Cremos que a morte é o salário do pecado. Durante a morte o ser humano não sabe nada. Jesus compara a morte com um sono. João 11.11-14.
Todos os seres humanos que morreram, tenham sido bons ou maus, encontram-se num estado inconsciente. Eclesiastes 9.5,6; Jó 14.12.
Somente Deus, o único ser imortal, dará a vida eterna aos redimidos na ressurreição. I Timóteo 6.15, 16; I Tessalonicenses 4.13-17; I Coríntios 15.51-55.
35. A Ressurreição
Cremos que na Segunda vinda de Cristo os mortos justos ressuscitarão em um estado imortal, e juntamente com os santos vivos serão arrebatados ao encontro do Senhor Jesus. I Tessalonicenses 4.13-18; Romanos 6.5; I Coríntios 15.51-53; Apocalipse 20.6.
Os ímpios ressuscitarão após mil anos para receber sua sentença final. Apocalipse 20.5 primeira parte.
36. Os Mil Anos
Cremos que os mil anos formam o período de tempo entre a primeira e a segunda ressurreição.
"Por ocasião da vinda de Cristo os ímpios são eliminados da face de toda a terra: consumidos pelo espírito de Sua boca, e destruídos pelo resplendor de Sua glória." O Grande Conflito, 663. 2 Tessalonicenses 1.6-8; 2.8; Isaías 24.12,22.
Neste tempo não existirá vida humana sobre nossa terra. Devido a poderosas catástrofes naturais a terra se encontra em uma condição de absoluta devastação. Jeremias 4.23, 24; 25.32,33.
Durante os mil anos os santos viverão e governarão com Cristo no céu e levarão a cabo o juízo sobre os anjos caídos e os ímpios. A terra se encontrará em uma condição desolada. Somente Satanás e seus anjos viverão ali. (O Grande conflito, 665; Apocalipse 20.1-3).
Ao final dos mil anos Jesus virá com todos os santos a esta terra. Então os ímpios serão ressuscitados da morte. Logo a santa cidade, descerá, e Satanás e seus anjos, com os ímpios ressuscitados, rodeá-la-ão. Deus deixará cair fogo do céu e os pecadores e o pecado serão destruídos eternamente, e com isto a terra será purificada. Apocalipse 20.4,5 primeira parte, 7-10; Malaquias 4.1,3.
37. A Pátria dos Redimidos
Cremos que depois dos mil anos o Senhor renovará o céu e a terra, e esta nova terra será a pátria dos salvos. A nova Jerusalém será a capital deste reino eterno e o Rei dos Reis terá Seu trono nela. Isaías 45.18; 65.17; Apocalipse 21.1-3.
Pelo sábio plano da salvação, fundado sobre o amor eterno de Deus, todos os redimidos, livres da ameaça da enfermidade, do sofrimento e da morte, poderão gozar diante da eterna presença de Deus. Isaías 65.25; 2 Pedro 3.13.
"E ouvi uma grande voz do céu que dizia. Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o Seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus. E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas. E o que estava assentado sobre o trono disse. Eis que faço novas todas as coisas. E disse-me. Escreve; porque estas palavras são verdadeiras e fiéis." Apocalipse 21.3-5.
No que refere à organização da igreja, bem como quanto aos direitos e deveres de seus membros, consultar o Manual de Igreja.