Quem Somos?

 

 

 

PRINCÍPIOS DE FÉ

 

 

DA


 

IGREJA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA


MOVIMENTO DE REFORMA

 


 

 INTRODUÇÃO

 Enquanto a igreja de Deus permanecer neste mundo de trevas para lutar contra toda classe de falsas doutrinas, terá a necessidade de dispor de crenças bem definidas, de maneira que seus membros saibam com segurança o que crer e pregar como verdade presente. Esta é a razão pela qual, século após século e apostasia após apostasia, os filhos de Deus tiveram que estabelecer princípios doutrinários que os identificam diante do mundo como tais.

Quando pela graça de Deus, o Movimento de Reforma surgiu como remanescente, de acordo à profecia e as exigências da apostasia reinante entre o povo adventista, durante a primeira guerra mundial, tornou-se necessária a recuperação e exaltação desses princípios bíblicos de fé, que distinguem o povo de Deus do tempo do fim. Portanto, na Conferência Geral de 1925, na Alemanha, foram aprovados os 37 princípios de Fé que hoje oferecemos, revisados,  a nosso povo. Nosso mais sincero desejo é que estes princípios sejam a linha diretiva de cada coração que ama a Jesus como seu Salvador pessoal e nos permitam alcançar a unidade na fé tal qual a vontade de Deus.

 

 Os irmãos da Associação Geral,

Julho de 1997

 


 1. As Sagradas Escrituras

 

Cremos que a Bíblia é a Palavra de Deus e que Ele mesmo é o Autor, tendo-nos revelado Sua vontade no Antigo e no Novo Testamento. I Tessalonicenses 2.13; Salmos 119.105; Jeremias 15.16.

Elas são inspiradas diretamente por Deus, já que o Espírito Santo iluminou o entendimento dos escritores. 2 Pedro 1.19-21; 2 Timóteo 3.15-17.

Informam-nos a origem de nosso mundo e da raça humana, da introdução do pecado e do plano divino de redenção. Somente através de Jesus podemos alcançar uma vida feliz e eterna na nova terra.

Contém declarações que nos revelam os acontecimentos passados, presentes e futuros. As profecias já cumpridas são uma prova de sua origem divina. Isaías 46.9,10.

Na Bíblia nos é mostrado o conhecimento necessário e o caminho para a salvação de nossa alma.

As Sagradas Escrituras, como a verdadeira e completa revelação de Deus, são a única regra infalível de nossa fé e vida.

2. Deus o Pai

Cremos em um Deus eterno, onipotente, onipresente e onisciente. Ele é o Criador, Governador e Sustentador de todo o universo. Gênesis 17.1; Salmos 90.1,2; 91.1,2; 139.1-12; Isaías 44.6;  45.5,6,18; I Timóteo 6.16.

Cremos que "Deus é Espírito" e um Ser pessoal. João 4.24. Através da criação do ser humano segundo "Sua Imagem" revelou-Se  como um Deus pessoal. Gênesis 1.26, 27; Daniel 7.9,10.

A fé em Cristo é o único caminho através do qual podemos chegar a Deus. Hebreus 11.6.

 

3. Jesus Cristo

Cremos que Jesus Cristo é o Filho de Deus; é a própria imagem de Seu Pai. Hebreus 1.1-3,8; Colossenses 1.15; 2.9; I Timóteo 3.16.

  1. Cremos que Jesus Cristo já existia em forma de Deus no céu, antes de vir à terra. João 1.1,2; Filipenses 2.5,6; Colossenses 2.9; João 1.14; Miquéias 5.2.
  2. Nasceu da virgem Maria, nesta terra, "...concebido do Espírito Santo..." (Mateus 1.18-23).
  3. Por meio dEle criou Deus todas as coisas. João 1.1-3; Colossenses 1.16,17. "Como Ser pessoal, Deus se revelou em Seu Filho. Jesus o resplendor da glória do Pai, 'e a expressa imagem de Sua pessoa (Hebreus 1.3), veio à terra sob a forma de homem." 3 Testemunhos Seletos,  263.
  4. Mediante Sua encarnação, crucifixão e ressurreição, Jesus se revelou como o Salvador. É o único Mediador entre Deus e a humanidade caída. Sua vida é um exemplo singular para toda a humanidade e especialmente para todos seus seguidores. Atos 4.12; Filipenses 2.5-8; I Timóteo 2.5,6; Hebreus 2.17; I Pedro 2.21; Deuteronômio 18.15; João 18.37.
  5. É hoje nosso Sumo Sacerdote no Lugar Santíssimo do santuário celestial, e realiza a obra final de reconciliação. Hebreus 8.1,2; 7.24,25; 4.15,16; 9.24-26.

 

4. O Espírito Santo

Cremos que o Espírito Santo se encontrou em ação desde o princípio, e se encontra constantemente em ação na salvação. Gênesis 1.2; Salmos 51.11; Isaías 63.10,11. A Bíblia nos informa já em suas primeiras páginas sobre sua atuação nos corações dos seres humanos. Gênesis 6.3.

Cremos que o Espírito Santo é o representante de Cristo na terra. Ele convence do pecado, leva ao arrependimento e à conversão. Renova e transforma o ser humano. Além disto, guia à verdade, leva ao conhecimento da vontade divina, e dá força para a obediência e à vitória sobre o pecado. João 3.5,6; 14.16,17; 16.13.

Uma interpretação das verdades bíblicas, conforme a vontade de Deus, é possível somente por  meio  do  Espírito  Santo  (João 14.26; Atos 1.8),  cuja natureza, não obstante, permanece como um mistério (Atos dos Apóstolos, 52).

Segundo a comissão de Jesus, o batismo deve ser efetuado em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Mateus 28.18-20.

 

5. A Origem da Humanidade

Cremos que Deus no sexto dia da criação criou o homem à Sua imagem, perfeito e com a faculdade de livre arbítrio. Gênesis 1.26-28.

"Sua natureza estava em harmonia com a vontade de Deus. A mente era capaz de compreender as coisas divinas. As afeições eram puras; os apetites e paixões estavam sob o domínio da razão. Ele era santo e feliz..." Patriarcas e Profetas, 28.

A origem da humanidade é compreensível. O plano divino da criação foi tão claramente formulado, que não dá nenhum motivo para conclusões errôneas.

"Não há lugar para a suposição de que o homem evoluiu, por meio de morosos graus de desenvolvimento, das formas inferiores da vida animal ou vegetal. Tal ensino rebaixa a grande obra do Criador ao nível das concepções estreitas e terrenas do homem." Patriarcas e Profetas, 28.

 

6. O Plano da Salvação

Cremos que por sua desobediência ao mandamento divino o ser humano introduziu o pecado no mundo (Gênesis 2.16,17; 3.6), e por isto sua natureza se tornou má. A conseqüência do pecado é a morte. Romanos 5.12; 6.23; Salmos 14.3; Jó 14.4.

"Deus é amor". Este amor insondável havia previsto um caminho de salvação para a humanidade perdida. Não existia outra possibilidade, senão que Jesus tomasse sobre si a culpa e o castigo do pecado. I João 4.16; João 3.16; Isaías 53.4-6; I Pedro 2.24.

Somente mediante a morte vicária de Jesus e Sua vida justa, é possível obter o perdão e a justificação dos pecadores. Romanos 4.25; 5.1; 3.24. Jesus Cristo é o Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo, já previsto por Deus antes que o mundo existisse. João 1.29; I Pedro 1.18-20.

Mediante a fé em Jesus como Salvador pessoal, a qual se revela na fiel obediência, o pecador recebe a vida eterna. A obediência é o verdadeiro fruto da salvação. Romanos 8.1-4. João 14.15, 21.

Por amor e agradecimento ao incomensurável Dom de Deus o crente é obediente a todos Seus requerimentos mediante o poder do Espírito Santo. Efésios 2.8,9; João 15.10; I João 5.3.

 

7. A Lei de Deus - Os Dez Mandamentos

Cremos que os Dez Mandamentos são perfeitos e como norma de vida e prática têm vigência para todos os seres humanos. Eclesiastes 12.13; Mateus 5.17,18; Romanos 3.28,31; 7.12; Apocalipse 12.17; 14.12.

A Bíblia ensina que Deus mesmo proclamou os Dez Mandamentos sobre o monte Sinai e os escreveu com Seu próprio dedo nas duas tábuas de pedra. Êxodo 31.18; 32.15,16; Deuteronômio 4.12,13.

Mediante o reconhecimento e a observância dos sagrados Dez Mandamentos do Senhor, manifestamos que amamos a Deus, ao Pai e a Seu Filho. A Lei de Deus é uma revelação de Sua vontade e caráter. É uma imagem da perfeição divina e reflete o verdadeiro caráter de Deus. Na Lei se mostra especialmente o princípio de amor, justiça e ordem divina. Romanos 13.10; I João 5.3.

Como ela é espiritual somente pode ser observada mediante o poder de Deus e a fé em Jesus Cristo. Também em caso de provas e perseguições a única resposta deve ser. "...Mais importa obedecer a Deus do que aos homens". (Atos 5.29).

Os Dez Mandamentos que Deus promulgou (Êxodo 20.2-17), são.

I

 

"Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de Mim."

 

II

 

"Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas de baixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás. porque Eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que Me aborrecem. E faço misericórdia em milhares aos que Me amam e guardam os meus mandamentos."

 

III

 

"Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão. porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o Seu nome em vão."

 

IV

 

"Lembra-te do dia do Sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra, mas o sétimo dia é o Sábado do Senhor teu Deus. Não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas. Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou. Portanto abençoou o Senhor o dia do Sábado, e o santificou."

 

V

 

"Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá."

 

VI

 

"Não matarás."

 

VII

 

"Não adulterarás".

 

VIII

 

"Não furtarás".

 

IX

 

"Não dirás falso testemunho contra o teu próximo."

 

X

"Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo."

 

8. O Quarto Mandamento - O Sábado

Cremos que o quarto mandamento é imutável, assim como os demais, e é válido para todos os seres humanos. O Sábado foi instituído por Deus depois dos seis dias da criação, Quem o abençoou e santificou; e distinguiu mediante seu descanso. Foi dado como memorial da criação e como dia de repouso para os seres humanos; portanto, é chamado também dia do Senhor. Deus nos ordena santificar este dia por meio do descanso do trabalho, empregando seu tempo na adoração e no serviço religioso. O Sábado é  ao mesmo tempo símbolo de salvação, um sinal de santificação, um testemunho de obediência e uma antecipação do que será a vida eterna no reino de Deus. O dia de repouso divino é o sinal especial de seus filhos obedientes no tempo do fim. Gênesis 2.1-3; Êxodo 20.8-11; 31.15; Levítico 23.3; Marcos 2.27, 28; Lucas 16.17.

Sexta-feira (dia de preparação) deve-se terminar todos os preparativos para o sétimo dia. Entre outros, está a preparação da comida para o Sábado, a limpeza da casa, a preparação da roupa e o tomar o banho, para que assim possamos entrar no Sábado com tranqüilidade e recolhimento. Êxodo 16.23.

"Há ainda outro ponto a que devemos dar a nossa atenção no dia da preparação. Nesse dia todas as divergências existentes entre irmãos, tanto na família como na igreja, devem ser removidas. Afaste-se da alma toda amargura, ira ou ressentimento. Com espírito humilde 'confessai vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis.' Tiago 5.16." 3 Testemunhos Seletos 22, 23.

Sobre as viagens lemos. "Para ir à igreja, que requer a nossa cooperação ou à qual  devemos transmitir a mensagem que Deus lhe destina, pode tornar-se necessário viajar no Sábado; mas sempre que possível devemos, no dia anterior, comprar a passagem e tomar todas as disposições necessárias. Quando empreendermos viagem, devemos esforçar-nos o mais possível por evitar que o dia de chegada ao destino coincida com o Sábado." 3 Testemunhos Seletos, 26.

No Sábado devemos nos abster de todas as viagens seculares ou comerciais, e também de conversações e atividades da mesma índole. Os temas de conversação devem Ter um caráter espiritual, de maneira que sejam para a glória de Deus e a edificação do espírito. Isaías 58.13,14.

“Deus determinou que se cuidasse dos doentes e sofredores; o trabalho exigido para lhes proporcionar conforto é uma obra de misericórdia e não é violação do Sábado; mas todo trabalho desnecessário deve ser evitado." Patriarcas e Profetas, 301.

Também requeremos que nossos filhos sejam eximidos da assistência secular à escola durante o Sábado.

Segundo a ordem da criação o dia começa e conclui ao por do sol. Assim pois, o Sábado se inicia na Sexta-feira à tarde com o por do sol e finaliza no Sábado  à tarde com o por do sol. Gênesis 1.5; Levítico 23.32; Lucas 4.31,40.

 

9. O Matrimônio

 Cremos que Deus instituiu o matrimônio no Paraíso e o abençoou e santificou.

"Deus celebrou o primeiro casamento. Assim esta instituição tem como seu originador o Criador do Universo... foi esta uma das primeiras dádivas de Deus ao homem, e é uma das duas instituições que, depois da queda, Adão trouxe consigo de além das portas do Paraíso." Patriarcas e Profetas, 29,30.

O matrimônio foi instituído. a) para que o homem e a mulher se ajudem e complementem um ao outro em amor (Gênesis 2.18); b) para que se reproduza  a raça humana (Gênesis 1.27,28). I Coríntios 7.1-9.

O matrimônio é um pacto que deve ser baseado no amor e na fidelidade por toda a vida entre um homem e uma mulher. Mateus 19.4; Malaquias 2.14 última parte. Deus estabeleceu o matrimônio nos princípios da abnegação, do amor, do apreço, do respeito, da disposição ao sacrifício e à responsabilidade. O homem foi criado primeiro; ele é o guia natural e suporte da família. A esposa deve respeitar a liderança do esposo, porém este deve amar a sua esposa como Cristo amou Sua igreja, pela qual deu sua vida.  Efésios 5.23,25.

Portanto, o verdadeiro matrimônio constitui, uma unidade espiritual, mental e corporal. harmonia de fé, coração e corpo. A mulher e o homem formam uma carne. Gênesis 2.24; Mateus 19.5, 6.

Cremos que os cristãos devem observar o princípio da temperança, de modo que suas forças físicas e mentais não sejam sacrificadas no altar da paixão e das baixas concupiscências  carnais. Os conselhos dados neste sentido, na Palavra de Deus nos indicam o caminho da pureza e de uma vida agradável ao Senhor. I Tessalonicenses 4.3-5.

Cremos que os membros da igreja não devem contrair matrimônio com membros de outras denominações ou incrédulos, já que as Sagradas Escrituras consideram tal matrimônio como pecado. Deuteronômio 7.3, 4, 6; 2 Coríntios 6.14, 15.

Cremos que o divórcio não está em conformidade com a vontade de Deus. Mateus 19.3-9; Marcos 10.9-12; Romanos 7.1-3; I Coríntios 7.10,11.

"Entre os judeus era permitido ao homem repudiar sua mulher pelas mais triviais ofensas, e a mulher se achava então em liberdade de casar outra vez. Este costume levava a grande infelicidade e pecado. No Sermão do Monte, Jesus declarou plenamente que não podia haver dissolução do laço matrimonial, a não ser por infidelidade do voto conjugal. 'Qualquer', disse Ele 'que repudiar sua mulher, a não ser por causa de prostituição, faz que ela cometa adultério, e qualquer que casar com a repudiada comete adultério'." O Maior Discurso de Cristo, 63. Adicionalmente, se os cônjuges se separam ou divorciam deverão permanecer sem se casar até se reconciliarem. I Coríntios 7.10,11,39.

O voto matrimonial une "...os destinos de duas pessoas com laços que coisa alguma senão a mão da morte deve desatar." I Testemunhos Seletos, 576.

Além disto cremos que o matrimônio deve ser contraído diante das autoridades civis e da igreja.

Todos os que queiram contrair matrimônio, depois de muita meditação e fervente oração perante Deus, deveriam permitir ser aconselhados pelos pais crentes e guias espirituais.

 

10. A Alteração da Lei de Deus

Cremos que a profecia de Daniel 7.25, "...cuidará em mudar os tempos, e a lei;...", tem-se cumprido. Anulou-se dos Dez Mandamentos o segundo que proíbe a veneração e adoração de imagens. O Sábado, estabelecido no quarto mandamento, mudou-se pela introdução injustificada do primeiro dia da semana, o Domingo, como dia de repouso do estado e da igreja. O décimo mandamento foi dividido em dois para restabelecer novamente o número "dez".

 

11. A Lei Cerimonial de Moisés

Cremos que Deus deu ao povo de Israel, através de Moisés, diferentes estatutos concernentes ao sistema de sacrifícios e cerimônias do serviço do templo, os quais ilustravam a obra redentora de Cristo. Estes eram uma sombra e símbolo das coisas futuras. A validez desta lei finalizou quando Jesus clamou na cruz. "Está consumado!". Hebreus 10.1; Colossenses 2.17.

"Ao morrer Jesus no Calvário, clamou. 'Está consumado', e o véu do templo partiu-se de alto a baixo...

A ruptura do véu do templo mostrou que os sacrifícios e ordenanças judaicos não mais seriam recebidos. O grande Sacrifício havia sido oferecido e aceito, ..." Primeiros Escritos, 253, 259,260.

  • Os sábados cerimoniais ou da sombraCremos que os sábados cerimoniais, dos quais Paulo escreve em Colossenses 2.16,17 e Gálatas 4.10, eram somente sombras do sacrifício de Cristo e da salvação. Não devem ser confundidos com o Sábado semanal que foi dado aos seres humanos como dia de repouso, o qual é o dia do Senhor estabelecido na criação. Gênesis 2.1-3; Êxodo 20.8-11; Levítico 23.3; Isaías 58.13; Marcos 2.27,28.

A lei cerimonial incluía os seguintes sábados simbólicos.

  • A festa dos pães asmos. A páscoa precedia a festa dos pães asmos. Os dias 15 e 21 do primeiro mês do ano judeu eram celebrados como sábados, com descanso de todo trabalho servil. Levítico 23.5-8.
  • Pentecostes ou festa das semanas. O dia 50, calculado à partir do dia 16 do primeiro mês, era celebrado como um Sábado. Levítico 23.15,16,21; Êxodo 34.22.
  • A festa das trombetas. O primeiro dia do sétimo mês, o dia do som de trombetas, era celebrado como preparação para o dia da expiação. Levítico 23.24,25.
  • Dia da expiação. O dia 10 do sétimo mês, conhecido como dia da expiação, era considerado como grande Sábado, e era o ponto culminante na série de sábados cerimoniais. Levítico 23.27,28,31,32.
  • A festa das cabanas. Os dias 15 e 22 do sétimo mês eram celebrados alegremente como sábados da festa das cabanas. Levítico 23.34-36,39,40.

 

Se Jesus, com Sua morte, tivesse anulado o Sábado semanal e introduzido o Domingo, deveria existir um mandamento explícito na Bíblia a este respeito. Nem Jesus, nem os apóstolos informam sobre uma mudança semelhante, senão totalmente o contrário. Os Seguintes textos o demonstram. Mateus 5.17,18; 24.20; Atos 13.13,14, 42-44; 16.13; 17.2; 18.2-4, 11.

12. O Estado do Homem

Cremos que após a queda no pecado, o ser humano perdeu sua elevada posição perante Deus, e desde então todos os seres humanos se encontram sob o pecado e suas conseqüências. Já nasce com debilidade e tendência ao mal, e submetido ao poder da morte.

"Sua natureza se tornou tão débil pela transgressão, que lhe foi impossível, com suas próprias forças, resistir o poder do mal. ...

Apostatando, o homem se afastou de Deus e a terra foi separada do céu. Através do abismo existente entre eles, não podia haver comunicação." O Caminho ao Redentor, 13, 16.

"Quando o homem transgrediu a lei divina, sua natureza se tornou má, ..." O Grande Conflito, 509.

"O homem se tornara tão degradado pelo pecado que lhe era impossível, por si mesmo, andar em harmonia com Aquele cuja natureza é pureza e bondade." Patriarcas e Profetas, 64 cd.

Por este motivo a situação de todas as pessoas se tem tornado desesperadora. Romanos 5.12; 3.10-12; 6.23; Salmos 51.5; Mateus 15.18-20; Gálatas 5.19-21; Romanos 7.18-20.

 

13. O Oferecimento da Graça de Deus

 Cremos que Deus amou tanto o mundo que enviou Seu Filho a este mundo para salvar a humanidade, e mesmo reinando ali a corrupção e a rebeldia, já havia previsto um caminho para salvar o homem. Efésios 1.4; 2.8; I Pedro 1.19,20.

Jesus Cristo nasceu como homem e foi obediente a Seu Pai em todas as coisas. Por Sua vida e sua morte vicária foi criada a base da reconciliação e redenção. Foi ressuscitado para nossa justificação, e ascendeu ao céu para reconciliar ao pecador arrependido com Deus e justificá-lo no Santuário celestial, por meio de Seu sangue derramado e Sua justiça.  Através desta ação salvadora se mostra a justiça e a bondade de Deus. Nosso pecado foi condenado em Cristo e ao mesmo tempo nos foi mostrado o caminho do perdão. Romanos 3.24.

"As determinações e concessões de Deus em nosso favor são ilimitadas. O trono da graça exerce os maiores atrativos, pois está ocupado por Aquele que consente em ser por nós chamado Pai. ...

Em se chegando ao trono da graça, o filho de Deus se constitui cliente do grande Advogado. À primeira manifestação de arrependimento e do desejo de perdão, Cristo esposa a causa deste e fá-la sua, intercedendo por ele perante o Pai como se o fizera por Si próprio.

Enquanto Cristo intercede por nós, o Pai nos franqueia os tesouros de Sua graça para que os possuamos, regozijando-nos neles e repartindo-os com outros." 3 Testemunhos Seletos, 29,30.

Cremos que por meio da graça nos convertemos em filhos de Deus, e que esta obra nossa redenção, novo nascimento e aceitação como co-herdeiro  com Cristo. Tito 2.11; João 1.16; I Pedro 1.13.

A graça é um favor imerecido. Consiste em que Deus entregou Seu Filho à morte em nosso lugar, para que por Seu sangue derramado e Sua justiça, o pecador penitente possa subsistir perante Deus. I João 1.7.

 

14. Cristo Nossa Justiça

 Cremos que sem a justiça de Jesus Cristo nenhum ser humano mortal pode subsistir perante o Deus santo. O profeta Isaías se expressa do seguinte modo. "Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia;..." (Isaías 64.6).

Para aclarar este assunto importante em nossa vida de fé, citamos à continuação alguns Testemunhos.

"Visto como somos pecadores e profanos, não podemos obedecer perfeitamente a uma lei santa. Não possuímos justiça em nós mesmos com a qual possamos satisfazer os requerimentos da Lei de Deus. Mas Cristo nos proveu um meio de escape. Viveu na terra em meio de provas e tentações como as que nós temos que enfrentar. Contudo, viveu uma vida sem pecado. Morreu por nós e  agora nos oferece tirar nossos pecados e dar-nos Sua justiça." O Caminho ao Redentor, 52. Romanos 5.1; 1.16, 17; 3.23, 24.

" Que é justificação pela fé? É a atuação de Deus abatendo até ao pó a glória do homem, e fazendo por ele aquilo que não está em sua capacidade fazer por si mesmo. Quando o homem percebe sua completa desvalia, então está preparado para ser vestido com a justiça de Cristo. Special Testimonies, Série A, nº 9; pág. 62." Fé Pela Qual Eu Vivo, MM 1959, pág. 111.

“Assim obtêm remissão de pecados passados, mediante a paciência de Deus. Mais que isso, Cristo lhes comunica os atributos divinos. Forma o caráter humano segundo a semelhança do caráter de Deus, uma esplêndida estrutura de força e beleza espirituais. Assim,  a própria justiça da lei se cumpre no crente em Cristo." O Desejado de Todas as Nações, 733.

"Por Sua obediência perfeita tornou possível a todo homem obedecer aos mandamentos de Deus. Ao nos sujeitarmos a Cristo nosso coração se une ao Seu, nossa vontade imerge em Sua vontade, nosso espírito torna-se um com Seu espírito, nossos pensamentos serão levados cativos a Ele; vivemos Sua vida. Isto é o que significa estar trajado com as vestes de Sua justiça. Quando então o Senhor nos contemplar, verá não o vestido de folhas de figueira, não a nudez e deformidade do pecado, mas Suas próprias vestes de justiça que são a obediência perfeita à lei de Jeová." Parábolas de Jesus, 312.

"Portanto agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito... Quem os condenará? Pois é Cristo quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós." (Romanos 8.1, 34; Jeremias 33.15,16).

" É imputada a justiça pela qual somos justificados; aquela pela qual somos santificados, é comunicada. A primeira é nosso título para o Céu; a segunda, nossa adaptação para ele.” Mensagens aos Jovens, 35.

15. O Arrependimento

Cremos que pela influência da Palavra de Deus e a obra do Espírito Santo, o ser humano chega ao reconhecimento de sua condição perdida. Salmos 32.1-5; 51.3,4; João 16.7,8.

"O arrependimento compreende tristeza pelo pecado e abandono do mesmo...

Porém, quando o coração cede à influência do Espírito de Deus, a consciência é despertada e o pecador discerne alguma coisa da profundeza e santidade da lei de Deus, base de Seu governo no céu e na terra...

Não renunciaremos ao pecado enquanto não reconhecermos sua malignidade; enquanto dele não nos afastarmos de todo o coração, não haverá em nós uma mudança real da vida." O Caminho ao Redentor 18, 19. Ver 2 Coríntios 7.10.

Não podemos nem sequer nos arrepender sem que o Espírito Santo desperte nossa consciência, assim como também não podemos receber perdão de nossos pecados sem Cristo.

 

16. A Confissão dos Pecados

 

Cremos que todos os que confessam sua iniquidade, recebem perdão e justificação, pois Jesus por meio de Seu sangue roga em favor de cada alma arrependida. I João 1.9; 2.1.

"O que encobre as suas transgressões, nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia." (Provérbios 28.13).

"O Senhor não nos exige atos penosos para que alcancemos o perdão dos pecados. Não precisamos fazer longas e afadigantes peregrinações, nem praticar duras penitências a fim de recomendar nossa alma ao Deus do Céu ou para expiar nossas transgressões; mas o que confessa seus pecados e os deixa, alcançará misericórdia....

“A confissão verdadeira tem sempre caráter específico e declara pecados particulares. Estes podem ser de tal natureza que unicamente devam ser apresentados a Deus; podem ser faltas que devam confessar-se às pessoas que por elas foram ofendidas; ou podem ser de caráter público, e então devem confessar-se publicamente. Toda confissão deve ser definida e sem rodeios, reconhecendo os pecados dos quais sois culpados." O Caminho ao Redentor, 31, 32.

 

17. O Novo Nascimento

Cremos que um ser humano que entrega sua vida a Jesus Cristo e Lhe aceita como seu Salvador pessoal experimentará o novo nascimento. João 1.12-13.

"Quando o Espírito de Deus toma posse do coração transforma a vida. Os pensamentos pecaminosos são afastados, renunciadas as más ações; o amor, a humildade, a paz tomam o lugar da ira, da inveja e da contenda. A alegria substitui a tristeza, e o semblante reflete a luz do céu. ... A bênção vêm quando, pela fé, a alma se entrega a Deus. Então, aquele poder que olho algum pode discernir, cria um novo ser à imagem de Deus." O Desejado de Todas as Nações, 153.

"Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é. as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo." (2 Coríntios 5.17).

"Haverá um contraste claro e positivo entre o que foram e o que são...

“No coração renovado pela graça divina, o amor é o princípio da ação." O Caminho ao Redentor 48, 49.

"No novo nascimento o coração é posto em harmonia com Deus, ao colocar-se em conformidade com a Sua lei. Quando esta poderosa transformação se efetua no pecador, passou ele da morte para a vida, do pecado para a santidade, da transgressão e rebelião para a obediência e lealdade. Terminou a velha vida de afastamento de Deus, começando a nova vida de reconciliação, de fé e amor." O Grande Conflito 469, 470.

"A regeneração é o único caminho pelo qual podemos entrar na cidade de Deus." 3 Testemunhos Seletos, 291, 292.  João 3.3-8; 1.12,13; I Pedro 1.23; Tiago 1.18; 2 Pedro 1.3,4.

 

18. O Batismo Bíblico

 

Cremos que o batismo é o pacto de uma boa consciência com Deus. A comissão de Jesus à sua igreja foi. "... Portanto ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo; ..." Mateus 28.18-20.

Cristo instituiu o batismo como sinal de entrada em Seu reino espiritual. Este rito simboliza a sepultura e a ressurreição de Jesus, assim como a sepultura do velho homem e a ressurreição à nova vida em Cristo. Atos 2.37, 38; 8.36-39; Romanos 6.2-5; Colossenses 2.12.

O batismo é a confissão pública de que seguimos a Jesus, e se realiza mediante a imersão na água. Antes de realizá-lo deve preceder uma instrução cabal das verdades bíblicas e um exame batismal.

Por este motivo, o batismo infantil somente pode ser considerado como uma instituição humana, pois carece de fundamento bíblico.

Pessoas que não sabem diferenciar entre o bem e o mal, não serão admitidas ao batismo.

Antes da recepção pelo batismo ou por votação, cada alma deve se ter separado da igreja ou congregação à qual pertencia.

O batismo será repetido quando pela primeira vez não foi feito em conformidade com a regra bíblica ou se alguém recebeu o batismo em estado de ignorância. Atos 19.2-6.

 

19. A Igreja do Senhor

 

Cremos que a cabeça da igreja é Cristo. A igreja é uma reunião de crentes que aceitaram a Cristo como Salvador e Senhor, e vivem segundo Sua doutrina e Seus mandamentos. Efésios 5.23; 4.15; Colossenses 1.18.

Os membros da igreja são preparados para a eternidade na escola de Cristo, mediante a doutrina que têm em comum, as experiências, o conselho e as admoestações. I Timóteo 3.15.

A norma inalterável na vida e obra da igreja são as Escrituras Sagradas. Elas contêm o grande divino documento de justiça e amor. os Dez Mandamentos que foram vividos em forma prática por Jesus. Precisamente por meio destes, foi possível reconhecer em todos os tempos a igreja remanescente assim como a apostasia. Apocalipse 12.17; 14.12.

"A igreja é o instrumento apontado por Deus para a salvação dos homens. Foi organizada para servir, e sua missão é levar o evangelho ao mundo." Atos dos Apóstolos, 9.

Para que possam ser a luz do mundo Jesus rogou em sua oração sumo sacerdotal pela unidade de seus seguidores. João 17.21; Efésios 4.16.

Cremos que por amor a Deus e a seu povo, todos os membros da igreja observarão a ordem estabelecida por ela. Hebreus 13.7, 17; I Tessalonicenses 5.12, 13. (Nota. em relação a ordem e organização da igreja consultar o Manual de Igreja).

20. O Lavamento dos Pés

 

Cremos que o lavamento dos pés deve preceder a Ceia do Senhor. Prepara o coração para nos servir uns aos outros em humildade e amor, levando-nos portanto, a uma íntima comunhão. João 13.1-17.

"Estas palavras querem dizer mais que a limpeza do corpo. Cristo está falando ainda da mais alta purificação, ilustrada pela menor. ... Quando Jesus Se cingira com a toalha para lhes lavar o pó dos pés, desejava, por aquele mesmo ato, lavar-lhes do coração a discórdia, o ciúme e o orgulho. Isso era de muito mais importância que a lavagem de seus empoeirados pés. Com o espírito que então os animava, nenhum deles estava preparado para a comunhão com Cristo. Enquanto não fossem levados a um estado de humildade e amor, não estavam preparados para participar na ceia pascoal, ou tomar parte no serviço comemorativo que Cristo estava para instituir." O Desejado de Todas as Nações 624.

 

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